Na terça-feira foi dia de passeio para conhecer um pouco da
história de Malta. Destino: The Limestone Heritage, que tentando traduzir ao pé
da letra seria “Herança Pedra de Calcário”. Sem ter muito conhecimento
sobre o que exatamente iríamos ver nosso grupo, 5 brasileiros buscando
desbravar Malta, partiu após as aulas.
The Limestone Stone é um parque onde um dia funcionou uma
mina de extração de calcário na cidade maltesa de Siggiewi.
Quando chegamos quase 5 da tarde o parque já estava fechado. Abro um parêntese para
comentar como é engraçado como muito pontos turísticos de Malta, como museus e
igrejas, fecham tão cedo. O dia termina quase 9 da noite mas 4 da tarde já
estão fechando as portas. Nos finais de semana os horários são mais reduzidos
ainda. Tem que partir cedinho. Durante a semana fica impossível ir nesses
pontos após o horário da tarde.
Graças a Deus não perdemos a viagem, o responsável pelo
parque abriu a visitação pros 5 brasileiros “perdidos”.
A visita começa com a apresentação de um filme que mostra a
geografia da ilha e como há milhões e
milhões que anos formações rochosas de calcário fizeram nascer o que hoje é “a
cara” de Malta: suas construções cor de mel (comentado por mim em posts
anteriores como “cidade bege”. Que ignorante!) . Malta foi toda construída com
blocos extraídos das minas de calcário, o material faz parte da história e do
orgulho desse país. Mesmo em construções
mais recentes, não fabricadas mais de pedras de calcário, os malteses mantém o
revestimento de calcário por isso eu acredito que Malta terá para sempre a cor de mel.
Após apresentação do vídeo parte-se para um tour fone guiado
que nos faz viajar no tempo. O cenário e a narrativa nos coloca em contato
direto com a história.
Segmentos gigantes de calcário eram extraídos utilizando-se
de ferramentas de manuais feitas de ferro. Marretas de madeira e ferros eram
utilizadas para separar os segmentos em partes menores (não tão pequenas
assim). Com carroças, a rocha já em formado retangular, era transportada para
fora da mina. Em 1500 e pouco, carroças e mais carroças tinham um único
destino: a construção de La
Valetta.
Em tempos mais modernos, durante a revolução industrial a
extração de calcário deu em enorme salto em virtude da vinda de máquinas que
auxiliavam o trabalho do homem. As pedras de calcário tinham também uma forma
mais precisa, utilizava-se de máquinas para cortar os grandes segmentos. O
transporte também já podia ser feito de caminhões.
Não tenho certeza sobre essa informação, pelo que entendi
atualmente a exploração do calcário é controlada. Por séculos a extração de
calcário foi a ocupação do povo maltês. A história do calcário é a historia de
Malta.
Depois de explorada, a mina era transformada em pomares.
Os mineiros construíram próximo das minas as “girnas” para
seu descanso e acomodar ferramentas.
Casa maltesa feita de pedra - Inclusive o fogão.
Nas paredes eram criados nichos para acomodar utensílios, bens pessoais e
decoração.
A Mina que não virou pomar e sim parque é um destino que
recomendo a qualquer pessoa que vem à Malta. É impossível não se surpreender (e
se encantar) com suas construções cor de mel e ter a oportunidade de conhecer a origem de tudo é poder se encantar duas vezes.
Sensacional a aula de História professora Val! hehehe
ResponderExcluirÉ fácil saber porque toda a Europa é fascinante! O berço do mundo "esconde" em cada lugar de uma cidade ou país, coisas maravilhosas... detalhes que provam que o homem e natureza poderiam viver em plena harmonia, sem desgastar ou prejudicar um ou outro...
Muito show!
Bjão!