Destemida saí cedinho para meu roteiro de menos de 4 km para ser feito sem
pressa. Comecei descendo na estação errada, dois pontos adiante da estação de
Les Halles, o início do roteiro. De cara, já avistei uma imponente construção e
resolvi conferir de perto. Buscando meu roteiro vi que tratava-se do Hotel de
Ville, que abriga a prefeitura parisiense.
Para não perder nada do que estava no roteiro do dia,
resolvi voltar à pé , usando meu super mapa, até o ponto original (estação Les
Halles). A essa altura tive a certeza de algo que já havia experimentado no dia
anterior: o super mapa só traz as ruas principais, nem todas as citadas no
roteiro aparecem no mapa, provavelmente as menores. E Paris é um emaranhado de
boulevard , rues, passages... enfim...confiei no meu senso de direção para
chegar ao parque em Les Halles. Me
perdi várias vezes. Que se importa??? Não existe nada melhor do que estar
perdido em Paris, o charme de cada esquina, os cafés, os parisienses... fui
andando perdida até descobrir que o parque estava em reforma. A essa altura
eu já devia ter andando os 4 kms que o roteiro sugeria.
Colada ao parque mas fora da área de reforma, está a igreja
se Saint-Eustache, construída no século 16 e restaurada após incêndio no século
19, é uma mistura do estilo gótico e renascentista. Ali fiz minhas primeiras
(de muitas) orações do dia. Não faltou igreja no caminho!
Curioso: cadeiras para sentar e a frente para ajoelhar |
De frutos do mar |
De carnes |
De frutas |
De queijos |
De tudo um pouco |
De doces |
De revistas, livros e etc |
E de flores (as mais lindas!) |
Parênteses: quando leio essas referências me lembro do filme “Meia noite em Paris”.... quem viu, vai entender o que estou falando.
Na rue Etienne Marcel, você está literalmente em Paris do
século 13, quando a cidade era protegida por torres, uma delas é a La Tour Jean-Sans -Peur (Torre do
João sem Medo).
Depois de muitas andanças perdida num vai e vem procurando a Place des Innocents (Praza dos
Inocentes) a encontrei. Quis ir até porque lá funcionava o cemitério de Les
Halles fechado em 1780 após mil anos de funcionamento. Quando avistei a praça
fiquei me questionando porque andei tanto pra ver uma praça. Pra colaborar com
minha revolva ainda fui abordada por um mendigo que em francês e duas palavras
em inglês arrancou de mim a informação de eu ser brasileira. Ficou elogiando o
Brasil e suas 5 copas do mundo, tudo em francês e mímicas. Parti indignada mas
a praça ficou registrada em fotografia.
Dali segui em direção ao Centre Pompidou, uma construção
moderna e futurista no meu de tantas antiguidades. O Centre Pompidou é famoso
pelas megaexposições de arte contemporânea. Na ultimo andar do edifício
funciona um restaurante refinado, o acesso é por um elevador exclusivo e
panorâmico que permite uma vista dos telhados e monumentos de Paris. Porém tudo
isso é apenas informação, o centro de exposições e o restaurante não abrem na
terça-feira. Fica somente a foto da parte externa.
Depois de visitar o Pompidou (por fora) e ainda na mesma
área parei na Fonte Stravinky. Na fonte obra de arte e na fachada uma imagem
gigantesca de Salvador Dalí.
Ali nesta praça não resisti aos simpáticos cafés e parei
para almoçar e tomar uma taça de vinho. Deu uma dor no coração deixar todo aquele
charme para seguir o roteiro.
De volta ao Hotel de Ville, segui as instruções do roteiro e
fui para os fundos para acessar a entrada para exposições (seguindo a revistas:
mostras gratuitas). Quando vi a fila de pessoas resolvi não parar. Eu tinha
gasto muito tempo perdida. Dos 4
km do roteiro, que eu já tinha andado uns 8, ainda
faltavam uns 2 km .
Meu foco era a Notre-Dame!!!!
No caminho pra ainda parei na Igreja de Saint-Gervais para
mais orações.
Por um atalho cheguei às margens do rio Sena e atravessei a
ponte Louis Philippe. Nas margens do Sena, antigos livreiros instalam suas
bancas na calçada.
Atalho feio |
Livreiros à margem do Sena |
Mansão de 1642 |
Antes atravessar mais uma vez o Sena para a Île de La Cite fotografei os fundos da
Notre-Dame sob o ângulo da Île Saint-Louis
Em dois pulinhos você já estava ao lado da imponente
Notre-Dame, posso dizer que foi quase a mesma emoção de estar na torre Eiffel.
Passada a emoção você se deparada com a realidade: para
visitar a igreja e a torre enfrentar uma gigantesca fila! Sem ter muita opção,
fiquei mais de 1 hora na fila para subir na torre. Descobri quando recebi o
folder da igreja que para chegar a torre da igreja são 400 degraus! Já era
16:00, eu estava andando desde 08:30, 1 hora e pouco na fila... deu até “um
ruim” em pensar mas “só os fracos desistem” então borá enfrentar 400 degraus. E
ainda pagar (caro) por isso!
O esforço valeu a pena!!!! As imagens falam por si só:
Foto pra provar que eu estava lá |
A riqueza de detalhes |
Pessoas na frente da igreja |
Descer foi fácil mas ainda tinha mais fila pra enfrentar: a
de entrar na igreja.
Antes disso fui dar uma volta pela Île de La Cite , queria andar mais um
pouquiiiiinho pra ver se a fila diminuía. O Palais de Justice é vasto conjunto
de edifícios que compreende o Palácio da Justiça, propriamente dito, a Sainte-Chapelle
e a Conciergerie. Fiz somente o reconhecimento pelo exterior. A visita custava
mais alguns euros e nesse momento minha cota diária não absorvia mais esse
custo.
De volta a fila para visitar o interior da Notre-Dame, que
não havia diminuído mas é rápida, fiquei admirando os detalhes da
arquitetônicos da construção. É impressionante!!!! Esse ano a Notre Dame está
comemorando 850 de história. A primeira pedra foi colocada em 1163 e levou 2
séculos para estar concluída e os cristãos só puderam rezar a primeira missa em
1351.
E que fique registrado: em 2013 foi minha primeira missa na
Notre-Dame! Não é brinquedo! Assisti uma parte da missa na Catedral de Notre-Dame, sentada no primeiro banco da lateral. Enquanto os turistas (do lado de
fora da corda) fotografam e filmavam a cerimônia, eu estava, com uma folhinha
de canto, acompanhando (e cantando) em
francês o sacro ritual. Diferente das nossas missas, foram sucessivos cânticos
entre a leitura de um trecho da bíblia (eu acho). Depois que o padre saiu, eu
saí mas os fiéis permaneceram sentados. Pelo que entendi depois , o padre
voltou para dar o sermão. Mais ou menos isso.... (não exijam demais de mim!).
Ainda do lado de fora da corda, antes de ir assistir a missa |
Como uma boa turista também registrei alguns ângulos de
dentre da Notre Dame.
Amigaaa!!! Saudades 1000!!!
ResponderExcluirEstou viajando com você... Paris realmente é DIVINA!!!
Um beijãoooo
400 degraus??? não ficou com canelite no outro dia?? huahauha... imagino "o ruim" que deve ter dado... começa a tomar um energético na hora do almoço, acho que vale a pena hein!! Parabéns pelas conquistas!! bisou, bisou, au revoir!!
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