quarta-feira, 10 de julho de 2013

Roma – Museu do Vaticano e Capela Sistina em 09 de julho/13

A aula de história de hoje remete ao estado do Vaticano. Desde 1929 a Cidade do  Vaticano é um estado independente, o menor do mundo.

Na idade romana, na colina do Vaticano, um enorme Circo foi construído por Calígona e concluído por Nero. Sob este último, aproximadamente no ano de 67, São Pedro foi crucificado durante a primeira perseguição anti-cristã. O seu corpo foi sepultado nas redondezas, mais de duzentos e cinqüenta anos depois, Constantino, convertido ao cristianismo, mandou erguer sobre o túmulo uma enorme basílica.

Em 1503 Julio II deu início à construção da nova basílica, a Basílica de São Pedro que temos hoje. A construção demorou 176 anos (176!!!) . A grandiosa cúpula da basílica foi projeta pro Micheangelo, que morreu antes do término da obra, porém os construtores seguiram a risca seu projeto.

Voltando ao museu do Vaticano, que está nos Palácios do Vaticano, um grandioso e fantástico conjunto de edifícios com incontáveis salas, salões, galerias, corredores, jardins, ricos de tesouros de arte de todo o gênero. Antes de ser transformados em museus, era a residência oficial dos Papas.



A entrada do museu foi toda reformulada e tem apenas 13 anos, mas a belíssima escada do antigo acesso está disponível para uso (creio que é uma das saídas dos museus) e para fotos (no meu caso).




Fiz a visita ao museu, com um grupo e guia contratado.  A vista ficou bem mais interessante, além de apreciar a beleza das obras e grandiosidade do palácio, tem-se a história ali diante de você.

Escultura em arte clássica que retratam movimento, nota-se em as todas esculturas que um pé está apoiado e o outro à frente como se estivem andando.

O  “Grupo de Laocoonte” representa Laocoonte e seus dois filhos sendo estrangulados por duas serpentes marinhas, uma lenda da Gerra de Tróia. A peça é uma reconstrução da original, de bronze, encontrada próxima ao Coliseu. O grupo de Laocoonte foi uma das influências principais nos trabalhos de Michelangelo, que usou o modelo estético de Laocoonte nas suas pinturas na Capela Sistina.



O “Torso Belvedere” é uma famosa estátua fragmentária e criada pelo escultor ateniense Apolônio em meados do século 1 AC. Essa escultura serviu de inspiração à Michelangelo na pintura do Juízo Final, na parede do altar maior. O corpo de Cristo é idêntico ao da escultura.


Sarcófago de Sant’Elena, mãe de Constantino.



E muitas outras obras que mereceriam igual destaque. As salas, com seus tetos pintador e esculpidos, obras de arte até onde se pisa.


            








A biblioteca apostólica do Vaticano.



A vista do Belvedere.



O pátio da Pinha com o Nicho de Belvedere. E a esfera, nos jardins do Vaticano.




Jardins do Vaticano e a cúpula da Basílica de São Pedro.





A visita ao museu termina na Capela Sistina onde além do silêncio obrigatório não é permitido fotografar. Posso afirmar, é a coisa mais linda que vi em Roma. Pensar na complexidade e na genialidade de Michelangelo, em como retratou todo momento da criação com espantosos efeitos tridimensionais. Simplesmente é o momento de contemplar, abrir a boca e deixar o queixo cair.

A saída da Capela, para grupos, é diretamente na Basílica de São Pedro. Aproveitei o tempo livre para visitar as grutas da Basílica, onde estão enterrados todos os Papas (exceto João Paulo II, que fica na própria Basílica) e o próprio apóstolo São Pedro.



Túmulo de São Pedro Apostolo.



Outros Papas.





Na outra visita também não havia passado a mão “no pé de São Pedro”. Uma estátua em bronze que tem os pés gastos de tantos fiéis que por ali fazem o mesmo.


Um parêntese merecido aos guardas do Vaticano (guarda Suíça) e  os “terno preto” que fazem a segurança da Basílica: Que homens liiiiiindos!!!!! Fui obrigada a pedir muitas informações!


Feliz com mais um dia em Roma, enfrentei sorridente os 4 km de volta no calor de matar.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Roma - Até o Circo Massimo em 08 de julho/13

Segunda-feira em Roma, depois de quase 40 dias na estrada, resolvi me dar um dia de folga e sair somente para almoçar na Piazza Navona, que fica há 3 km do hotel. Cheguei lá cedo demais para almoçar então porque não dar uma caminhada??? Tanta coisa ainda pra ver em Roma e eu querendo descansar...   

Caminhei até o Rio Tibre e já estava na ponte Fabrício, que liga Roma a pequena ilha Tiberina.  A ponte Fabricius, foi construída em 62 AC e chegou até nós intacta, mas eu não me arrisquei a atravessar....   




Em frente à ilha está a Sinagoga e atrás dela encontra-se o Gueto Judaico, bairro onde os judeus foram confinados em vários momentos da história, inclusive durante o nazismo, quando dali, foram enviados aos campos de concentração.   




Uma parada obrigatória na Piazza Bocca della Verità. Na praça o bonito templo redondo. As recentes investigações arqueológicas tendem a atribuí-lo a Hércules Vencedor. Remonta ao século 2 AC e é o mais antigo templo romano em mármore hoje existente.








Defronte à praça, a igreja Santa Maria em Cosmedim, uma pérola da Roma medieval. O seu interior é bem primitivo, comparado a todas as outras igrejas de Roma.   


            


E a esquerda do pórtico da igreja, a lendária máscara de mármore "Bocca della Veritá" (Boca da Verdade). Reza a lenda que os mentirosos que introduzirem a mão dentro desta boca sairão manetas. Eis a prova que não to mentindo:     





Fila para testar os mentirosos, pode?????
E pra finalizar, meu tour incluía uma passada no Circo Massino, muito próximo ao Coliseu e ao Palatino, mas eu não havia tido a oportunidade de ter visto de perto.   Não há muito o que olhar, apenas algumas ruínas mas vale a pena estar ali pela sua história. O Circo Massimo era o maior de todos os circos romanos, comportava até 300 mil pessoas, 300 mil!!! Era onde aconteciam as grandes corridas de bigas, os típicos carros romanos da época (puxadas por cavalos) e quadrigas (mais potentes, puxadas por quatro cavalos). Hoje só restou a história!     




E todo caminho de volta é pura Roma Antiga: Palatino, Coliseu, Templos de Venus e Roma, Foro Traiano...e por aí vai.... Não tem como não sair batendo perna por Roma. Uma simples caminhada é viver a história.  

domingo, 7 de julho de 2013

Roma – Praça e Basílica São Pedro (Vaticano) em 07 de julho/13

Todo domingo, religiosamente às 12:00, o Papa aparece em público para celebrar o Angelus (ou Toque das  Ave-Marias), quando concede sua benção em uma audiência na Praça São Pedro.


Eu acordei mais cedo e enfrentei os 4 km de caminhada até o Vaticano. O sol ainda está ameno quando saí do hotel às 09:00. Não queria me atrasar para meu encontro com o Papa Francesco.



Antes das 10:00 eu já estava na praça São Pedro, e pude assistir pelo telão parte da missa que o Papa Francesco estava rezando na Basílica. A missa (óbvio) é rezada em italiano, mas pode-se compreender boa parte do sermão, o Papa tem um tom suave e tranqüilo para falar. Foi um lindo sermão! E como esse Papa transmite uma paz além das palavras. Muito emocionante!




A oração que acontece depois do sermão (não me lembro mais qual a denominação) é lida em vários idiomas. O Português (de Portugal) foi uma delas.

Toda praça é descampada, não tem um pedacinho de sombra. No momento da missa a praça já estava bastante lotada (e eu nem imaginava como ficaria depois), o sol já estava castigando. Recorri pra sombra de uma lixeira (que quase nada adiantou).




Terminada a missa, antes das 11:00 a praça foi lotando de maneira impressionante. EU NUNCA VI TANTA GENTE!!!! Eram famílias, grupos, avulsos (como eu), padres, freiras, caravanas... a praça ficou lotada!!!!





Tentando de todas as formas me proteger do sol


E pontualmente 12:00, numa janelinha, minúsculo aparece o Papa Francesco. Com sua voz doce saúda toda aquela multidão com “Buongiorgo, Fratelli e Sorelle...”. É uma emoção muito grande ser uma das pessoas sendo saudada de maneira tão humilde pelo Papa.




Sua mensagem, falava de missão e convocava os jovens ali presentes para participar. Mencionou (no final do Angelus) o Rio de Janeiro e marcha da juventude. E, como não poderia faltar, sempre pregando a humildade. Muito bonito!

Outra enorme emoção é no momento das “Ave Maria” , sendo rezada por toda aquela multidão. É de arrepiar!




Ainda bem que o Papa aparece também no telão, terminei de assistir o Angelus já correndo para  fila para visitar a Basílica de São Pedro antes que toda aquela multidão resolvesse fazer a mesma coisa. Consegui um ótimo lugar, mesmo assim a espera levou uns 30 minutos.



Ah! Várias pessoas, mesmo depois de enfrentar a fila, não entraram na Basílica por estarem de pernas ou ombros de fora! Passe o calor que for, mas vá de calça (ou qualquer coisa abaixo dos joelhos). O critério para deixar ou não entrar é meio questionável. Vi algumas meninas com bermudas curtas e outras fazendo “choreiro” para tentar convencer os guardas, sem chances!!!!


Se por fora a Basílica de São Pedro já é grande, por dentro ela é imensa. E linda!



Apesar de outros arquitetos terem participado da construção da  Basílica, foi Michelangelo o grande responsável pela obra, morrendo antes de terminá-la. Foi concebida para celebrar a santidade da igreja católica e, como tal, é repleta de tesouros e relíquias. Uma das preciosidades é a Pietá, do próprio Michelangelo, esculpida quando ele tinha 25 anos e a única obra com assinatura do mestre.



O altar é esplendoroso. Piso, teto, paredes, tudo uma grande obra de arte.



ALTAR (lateral)


Piso

ALTAR


Todos os Papas (mortos, claro!) são sepultados na Basílica, mas a capela com a tumba mais visitada, sem dúvida nenhuma, é a do Papa João Paulo II.



Um papa

Lista dos Papas sepultados e ano

João Paulo II

Dentro da Basílica está o Museu Histórico e Artístico do Vaticano, que guarda peças sacras como cálices, relicários, crucifixos, cetros, peças do vestuário utilizado pelos Papas durante as cerimônias religiosas, e muitas outras. A fila está um pouco grande e eu queria ainda subir até a cúpula da Basílica. Assim, optei pela segunda fila.
Para subir até a Cúpula da Basílica, além do ingresso, é preciso uma boa dose de “vontade”. Há um elevador, que “economiza” uns 200 degraus mas sobram ainda 320 para serem feitos à pé. Pra quem já tinha enfrentado 400 na Notre-Dame, o que são 320?  Depois de enfrentar a fila, optei pelo elevador. 320 degraus é melhor que 520!





Chegando no que seria quase metade do caminho, no pátio se tem a visão da cúpula e não se imagina o trabalho que daria chegar até láááá em cima.



Uns poucos degraus levam ao inicio da cúpula voltada para o interior da igreja. A imagem da igreja, vista de cima é linda e os detalhes da cúpula, estando pertinho dela mais ainda.





Até esse momento tudo tranqüilo mas os 320 degraus ainda estariam por vir, primeiro um caracol estreito interminável, com pequenas aberturas para entrada de ar. Depois uma escadaria MAIS estreita ainda circulando a cúpula, ou seja, sem janelas não dava pra ver o fim. Nesse momento, uma menina claustrofóbica começou entrar em desespero (para o meu desespero!). As amigas tentaram ajudar e por sorte já estávamos vendo “uma luz no fim do túnel”... era apenas uma janela. Tinha um outro caracol dessa vez mais mais mais estreito. Era tão estreito que havia uma corda na parte de dentro do caracol como apoio, do outro: parede!!! A menina claustrofóbica não queria subir de jeito nenhum, mas não tinha o que fazer...a saída era por outro lugar! Por sorte, dela e de todos, eram poucos degraus, umas duas ou três apenas para enfim chegar ao topo do topo do topo da Basílica de São Pedro. Se pode avistar toda Roma e uma espetacular vista da praça São Pedro.







Informação: A Praça São Pedro é a maior praça de Roma medindo 240 X 340 metros. No centro se eleva um obelisco egípcio de 25 metros de altura, sobre ele uma cruz, que segundo dizem, contém a relíquia da verdadeira cruz de Cristo. As colunas que circundam a praça, é uma obra de Bernini, como também as 140 estátuas dos santos que a decoram.

Não sei se foi uma religiosidade pra mim no dia de hoje mas quando saí da Basílica todo o céu escureceu e a maior trovoada estava se armando. Pensei nos “4 km de volta” e pedi para que São Pedro esperasse um pouquinho... Começou a pingar forte uns 100 metros do hotel, deu tempo de correr e olhar a chuva despencar!